METODOLOGIA
O material foi planejado de acordo com as Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Infantil e tem como eixos
norteadores as interações com o meio e com o outro e as
brincadeiras (DCNEI, art. 9º-), garantindo que, por meio da
vivência de experiências diversas, sejam promovidas apren-
dizagens significativas, que façam sentido para as crianças
e que possam ser recuperadas na vivência de outras situações
semelhantes, alavancando o desenvolvimento.
Um dos pontos referenciais é o entendimento da criança
como alguém que experimenta o mundo, é ativa e curiosa.
Por isso as brincadeiras são um dos eixos que norteiam a
formulação das proposições do material. É por meio delas
que as crianças expressam sentimentos e valores, podem
tomar decisões, repetir ações que lhes dão prazer, usar diferentes
linguagens, explorar o corpo e os sentidos, manipular
objetos, vivenciar situações imaginárias, etc. Em outras palavras,
brincar é a experiência fundamental do ser criança,
e, por isso, deve ser valorizada na escola e integrada a todas
as demais atividades.
As experiências educativas planejadas para o material
também pressupõem continuidade, pois os alunos dessa
faixa etária aprendem por aproximações sucessivas e precisam
de tempo para retomar uma atividade iniciada em
outros momentos e se apropriar de procedimentos, reexperimentar
o uso de materiais utilizados anteriormente e
sistematizar conhecimentos. Para isso é necessário que haja
tempo para uma aproximação permanente de determinadas
práticas.
Também foram pensadas sequências de atividades com
grau crescente de dificuldade, sempre mediadas pelo professor,
que, por meio da avaliação processual, buscará
compreender quais conquistas já foram alcançadas pelos
alunos e encaminhar atividades que contemplem processos
mais avançados, ainda coadunados com os que estejam em
desenvolvimento e os já consolidados. Assim, o conjunto de
atividades do material, tanto as materializadas no Caderno
do Aluno como as sugeridas no Manual do Professor, poderá
ainda ser ampliado por outras selecionadas pelo professor
ou criadas pelos próprios alunos, construindo-se um
percurso particular para cada turma que utilizar o material.
Para o desenvolvimento das atividades, são sugeridos
quatro momentos:
• Aproximação: introdução dos alunos, por meio
de questão desafiadora ou prática, ao tema ou assunto
da atividade que será proposta, verificando
as reações, as questões e os comentários dos alunos,
e interagindo com eles.
• Apresentação e realização: exposição da dinâmica
e dos procedimentos da atividade – se necessário
com acompanhamento individual, num primeiro
momento – e desenvolvimento da atividade
coletivamente, incentivando os alunos a compartilhar
com a turma soluções, respostas e sensações.
• Discussão e representação: incentivo da troca
de relatos orais, com comparações entre descobertas
individuais e coletivas que ocorreram no desenrolar
da atividade, e documentação, em registros
diversos, do que foi vivenciado e apreendido.
• Conclusão e organização: realização de uma síntese
com os alunos, em roda de conversa, considerando
o que aprenderam e identificando possíveis
novos focos de interesse.
Durante todo o processo, o professor também deve, sempre
que possível, fazer registros por meio de fotos e filmagens
das ações realizadas.
Em síntese, a prática pedagógica que baliza o material
centra-se no processo de aprendizagem das crianças e, nesse
sentido, valoriza a diversidade de experiências propostas
para que ocorram o desenvolvimento gradual do aprendizado
e a sua sistematização natural.